Um dos momentos mais simbólicos das perseguições sofridas pela Igreja Universal do Reino de Deus foi a arbitrária prisão do bispo Edir Macedo em maio de 1992, sob frágeis, acusações, entre elas, de charlatanismo. A prisão ocorreu depois de uma ação intimidatória e truculenta. Ele permaneceu preso, sem saber exatamente o porquê, por 11 dias, numa carceragem na Vila Leopoldina em São Paulo. No livro “O bispo – a história revelada de Edir Macedo”, sentencia: “Minha prisão ajudou o povo a entender suas lutas. Jesus sofreu injustiças, foi preso também. Os membros da Igreja compreenderam que as injustiças só fazem bem para a fé.” O episódio, fartamente explorado pela mídia furiosa por condená-lo ganhou espaço na Folha Universal. De suas páginas saltavam o clamor: “Injustiça”, e depois a alegria pela libertação.Mas esse não foi o único episódio em que a Folha Universal se colocou como instrumento de resistências e reação aos ataques sofridos, muitas vezes encabeçados pela “Rede Globo” e de outros veículos tradicionais de imprensa, incomodados pelo crescimento do Grupo Record. Em 1995, a “Globo” desferiu uma das mais fortes investidas. Desta vez, os ataques não vieram de seus programas jornalísticos, como de costume, mas da teledramaturgia, tática que vez ou outra recorreria. Na minissérie “Decadência”, o ator Edson Celulari fazia uma espécie de caricatura mal acabada do bispo Edir Macedo, através do fictício personagem pastor Mariel, que na trama enriquecia da exploração de fiéis. Numa cena que foi encarada como “um tapa na cara de toda comunidade evangélica”, uma das amantes de Mariel coloca um sutiã sobre uma Bíblia. A Folha Universal reagiu e na época fez uma paródia sobre uma capa da revista “IstoÉ”, que tratava do caso e emendou a manchete, “o bispo enfrenta o diabo”, com Celulari desta vez caracterizado com chifres.
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